Lauro Chaman manteve seu bom desempenho no mundial de paraciclismo de pista e termina sua participação em 3º na prova de teste da Omnium. Britânicos e australianos dominam o quadro de medalhas; colombianos terminam com a 5ª posição no ranking no mundial de paraciclismo de pista disputado em Apeldoorn, na Holanda
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Os Campeonatos Mundiais de Paraciclismo de Pista foram disputados entre os dias 14 e 17 de março, no velódromo da cidade de Apeldoorn, na Holanda. Na 12ª edição foram apresentadas duas novidades, com os eventos teste da velocidade por equipes em tandem (bicicletas de dois lugares) e da prova de Omnium aonde os para-ciclistas disputam as provas de 200 metros lançados (velocidade), 500 metros ou 1 km contra-relógio (dependendo da categoria), perseguição individual e fechando a programação o scratch, porém no paraciclismo os resultados do Onmium levam em conta as disputas nas provas individuais, o que obriga os participantes interessados no pódio ou no ranking da Omnium a disputarem as quatro provas do programa individual.
Os britânicos fecharam sua participação com a primeira posição no ranking, com 20 medalhas, sendo 10 de ouro; os australianos ficaram em 2º com 17 medalhas, 9 e ouro; a China ficou em 3º com 13 medalhas, 7 de ouro. Os nossos vizinhos colombianos fizeram uma apresentação surpreendente com a 5ª posição, com 7 medalhas, sendo 2 de ouro.
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O Brasil enviou para a Holanda uma delegação formada por Carlos Alberto Soares, na categoria MC1; Victor Luise Herling, na MC2; Soelito Ghor e Lauro Chaman, na MC5 e na tandem feminina Márcia Fanhani tendo como piloto Cristiane da Silva.
O mundial de pista apresentou um nível elevadíssimo, com quebra de recordes já no primeiro dia. A australiana Paige Greco, na categoria C3, estabeleceu um novo recorde mundial para a Perseguição Individual, cobrindo a distância de 3.000 metros em de 4m00s20, a uma velocidade média de 44.961km / h, superando em pouco mais de 3 segundosa marca obtida pela britânica Megan Giglia, na Para-olimpíada do Rio .
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Também na Perseguição Individual para homens, o espanhol Ricardo Tem fez a melhor marca do dia, e ainda melhorando em 312 centésimos, o recorde estabelecido pelo chinês Zhangyu Li na Rio2016; o novo recorde mundial para os 3km é de 3m50s05 à velocidade média de 46.946km/h.
Na final feminina da Pereseguição Individual C2, a chinesa Sini Zeng, confirmou seu desempenho da fase classificatória e superou a colombiana Daniela Munevar na disputa pelo ouro; a australiana Sarah Ellington ficou com o bronze.
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A final feminina da C3 foi vencida pela australiana Paige Greco, que superou a alemã Denise Schindler, enquanto a final da medalha de bronze ficou com a sueca Anna Beck.
Na perseguição individual Masculina C1, Ricardo Ten, da Espanha, que já havia estabelecido o melhor tempo, superou o campeão para-olímpico Zhangyu Li, da China. O canadense Ross Wilson ficou com a a medalha de bronze.
O segundo dia de competições mais uma vez foi marcado pela quebra de recordes. Nos 500m contra-relógio feminino 500m , a australiana Amanda Reid, estabeleceu a nova marca para a distância, com 39s505 ” com uma velocidade média de 45.564 km / h. A anterior detentora do recorde, a holandesa Alyda Norbruis, ficou em segundo lugar, enquanto o bronze foi para Zhenling Song da China.
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Na contra-relógio feminino C3 – 500m, a australiana Paige Greco obteve mais um o recorde mundial (ela já havia conquistado na Perseguição Individual C3 – 3km) com o tempo hoje de 39s442 ”, quebrando a marca anterior da britânica Megan Giglia , em quase 2 segundos, e se tornando o bicampeã mundial. A medalha de prata foi para o japonêsa Keiko Sugiura, enquanto o bronze foi para a chinêsa Xiaomei Wang.
Na prova do 1 Km contra-relógio masculino categoria C1 – 1km, o chinês Zhangyu Li melhorou sua própria marca estabelecida na Rio2016 em 0s120”, o novo recorde é de 1m11s817, seu compatriota Welgong Liang ficou com a prata e o espanhol Ricardo Tem com o bronze. Representando o Brasil, Carlos Alberto Soares fez o 13º tempo – 01m29s051.
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Na disputa de 1 Km contra-relógio na categoria C2 a marca mundial foi superada duas vezes, primeiro com o australiano Gordon Allan, que registrou 1m12,873s, superando o recorde mundial anterior do chinês Xia Hao, estabelecido em 2014, no velódromo de Aguascalientes, no México. Poucos minutos depois o colombiano Alejandro Perea registou 1m12s838 ”, a uma velocidade média de 49.425km/h conquistando a medalha de ouro e a camisa de arco-íris. Nessa prova o brasileiro Victor |Herling marcou o 23º tempo com 1m27s134; na categoria C5 que teve a vitória do espanhol Alfonso Cabello, Lauro Chaman fez o 6º tempo e Soelito Gohr o 25º.
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O segundo dia ainda reservou mais três recordes. Na velocidade 200m lançados , durante do evento de Teste da Omnium, a australiana Paige Greco na categoria C3 marcou 13.250 ” obtendo seu terceiro recorde mundial e Caroline Groot da Holanda na categoria C5 com 12.070”. No mascilino C1 o recorde foi do espanhol Ricardo Tem, com 12s69. Nessa prova, mas na categoria C5, Lauro Chaman fez o 4º tempo – 11s690 – e soleito Gohr o 13º.
As australianas continuaram batendo recordes, e no terceiro dia de competições Emily Petricola, melhorou sua marca anterior da Perseguição Individual C4, estabelecida no mundial do ano passado no Rio, em mais de 1 segundo, registrando 3m53s.297 ”.
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Na perseguição Individual categoria C5 (4.000 m) o australiano Alistair Donohoe, não deu chance ao ucraniano Yehor Dementyev e com 1.500 metros já havia alcançando seu adversário, eliminando-o da disputa. O terceira no pódio foi o holandês Daniel Abraham Gebru. O brasileiro Lauro Chaman, ficou com o 5º tempo (porém para a contagem da Omium entrou como o 4º melhor tempo) e Soelito Gohr com o 15º.
A prova mais aguardada pelos brasileiros era o Scratch C5, disputada em 60 voltas na pista, aonde Lauro Chaman entrava na disputa para tentar defender o seu título mundial conquistado no ano passado no Rio de Janeiro.
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Para Lauro a tarefa não foi das mais fáceis, pois nesse tipo de prova o campeão está sempre sob a mira dos adversários, qualquer movimento ele era neutralizado, isso sem falar dos ataques. Com essa realidade o brasileiro teve que tentar neutralizar as ações do australiano Alistair Donohoe, do britânico William Bjergfelt e do o holandês Daniel Abraham Gebru. Mas, o trio rodou forte e na metade da prova já havia colocado uma volta sobe o pelotão quando praticamente asseguraram o pódio.
Chaman, ainda no último dia de competições conseguiu subir ao pódio na prova do Omnium, quando terminou na terceira posição somando 136 pontos. O vencedor do evento teste foi o britânico Jonathan Gildea, com 140 pontos, seguido pelo ucraniano Yehor Dementyev com a mesma pontuação do brasileiro, porém ficando com a segunda colocação pois terminou em 2º na última prova do progama . Apesar da boa colocação, por se tratar de um evento teste, o resultado da Omnium não foi computado no quadro de medalhas, assim bom desempenho do brasileiro não aparece em destaque no histórico da prova.
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Pensando no futuro próximo, pois os trabalhos para Tóquio 2020 já estão em andamento, e levando em conta o desempenho em Apeldoorn, o técnico Claudio Diegues já vem traçando planos para Chaman, e muito provavelmente ele troque o Scratch pelo 1Km contra-relógio e pela Perseguição Individual, aonde a disputa se trava mais contra o cronometro do que na marcação de uma prova em grupo.
Segundo o Coordenador do Paraciclismo na CBC, Edilson Rocha, também conhecido no meio por Tubiba, “Nossos atletas fizeram uma participação bastante regular, conseguimos evoluir em alguns aspectos, precisamos corrigir outros, e agora é seguir trabalhando forte já pensando nos próximos objetivos que serão os Jogos Parapan-Americanos de Lima, o Mundial de Paraciclismo de Estrada e as etapas da Copa do Mundo”.
O próximo mundial de paraciclismo de pista deverá acontecer no ano que vem, no velódromo de Milton, no Canadá