BRITÂNICOS CRIAM EM SILVERSTONE POLO DE TECNOLOGIA PARA A INDÚSTRIA DA BICICLETA

Centro de Engenharia Esportiva da TotalSim, fica em uma região próxima ao autódromo de Silverstone

Muito próximo ao lendário autódromo se Silverstone, em uma região de elevado padrão tecnológico, será inaugurado em fevereiro de 2019 o Centro de Engenharia Esportiva. Desenvolvido pela TotalSim, empresa de tecnologia aerodinâmica que contará com dois túneis de vento, escritórios voltados para o design e espaço para que outras empresas se integrem ao projeto que tem um apelo global de desenvolver material e técnicas para a evolução esportiva

 

A ideia de criar um polo de Engenharia Esportiva em Silverston, surgiu na TotalSim, quando se detectou a falta de instalações para Pesquisa e Desenvolvimento acessíveis às equipes esportivas e para as empresas do ramo, assim surgiu a ideia de criar um Polo de Engenharia, criando uma comunidade de inovação que buscará desenvolver tecnologia baseada na experiência de seus profissionais.

“Aproveitar o conjunto de habilidades de alta tecnologia de classe mundial em Silverstone nos permite criar uma incubadora de inovação exclusiva para empresas de engenharia esportiva e serviços que prevemos que terão apelo global”, disse Rob Lewis, diretor executivo da TotalSim, que já trabalhou com a equipe de ciclismo da Grã-Bretanha e outros esportes olímpicos.

A empresa britânica é especializada em design aerodinâmico, testes e modelagem computacional, e também por ter trabalhado em projetos do British Team de ciclismo, o que foi jocosamente conhecido por  ‘Secret Squirrel Club’, em alusão ao personagem dos desenhos animados o Esquilo sem Grilo, e que tinha à frente Chris Boardman – ex-ciclista profissional, medalhista olímpico e engenheiro de formação, nessa equipe depois se junto  Tony Purnell, ex-chefe de equipe da Fórmula 1 da Jaguar, um dos responsáveis  pelo desenvolvimento de inovações tecnológicas para melhorar o desempenho dos ciclistas britânicos, a TotalSim viu nesse mercado um potencial espaço para criar e oferecer seus serviços.

O Centro de Engenharia Esportiva conta com 2 túneis de vento , um desenvolvido para testes esportivos e outro exclusivo para avaliação de tecidos

Segundo informações o Instituto Britânico de Engenharia, o projeto deve gerar 64 novos postos de trabalho, mais 10 vagas para estagiários e suporte a pelo menos 45 empresas. “O Centro de Engenharia Esportiva de Silverstone representa um novo centro de inovação com instalações especializadas para apoiar empresas envolvidas em aerodinâmica e engenharia esportiva”, disse Roz Bird, diretor comercial da TotalSim

“Também oferece oportunidades para  que as empresas da área apliquem seus conhecimentos do automobilismo e /ou engenharia avançadas no setor das ciências do esporte, incluindo ciclismo, esportes olímpicos de inverno e esportes paraolímpicos, que estão crescendo em popularidade. Isso pode fazer uma diferença real para o sucesso dos atletas “, concluiu Bird.

O projeto é uma parceria publico privada entre a TotalSim e o Buckinghamshire Thames Valley Local Enterprise Partnership, empresa municipal voltada para o desenvolvimento econômico que investiu 2 milhões de libras esterlinas (R$ 9,7 milhões)  no  centro de engenharia Esportiva de Silvertsone que terá um investimento total que supera os 4 milhões de libras esterlinas (R$ 19,4 milhões). O projeto faz parte da Silverstone Park Enterprise Zone, que oferece redução nas taxas das operações de empresas de alta tecnologia. Outras empresas localizadas nas proximidades são a AMG-Mercedes F1 e a DS Virgin Racing.

Localizado no cinturão da F1 britânica, aonde estão praticamente todas as equipes de ponta do automobilismo, o Centro de Engenharia Esportiva, está localizado no Silverstone Park, que já abriga mais de 70 empresas. De acordo com a TotalSim esta região “é o lar de quase todas as equipes de F1 na grade e seus muitos fornecedores especializados, criando uma densidade excepcionalmente alta de habilidade de engenharia. Além de oferecer equipamentos de ponta para a pesquisa e o desenvolvimento, o Hub coloca toda essa expertise na porta das marcas que se aproximarem do projeto”.

Plataforma de eficiência de bicicletas – usa robôs para ‘simular uma pessoa sobre a bicicleta’ possibilitando resultado  preciso nos testes de quadros e componentes

Nosso objetivo é que este seja o melhor centro de pesquisa e desenvolvimento para o esporte no país”, comenta Rob Lewis, diretor administrativo da TotalSim. “Além disso, será acessível a empresas que antes só poderiam sonhar em realizar P & D nesse nível. Estamos convidando equipes profissionais, marcas de bicicletas e fabricantes de roupas para aproveitar ao máximo as instalações que, até agora,  como sabemos só conseguiram ser mantidas, apenas,  pelo financiamento de umas poucas federações nacionais”, apontou Lewis.

Nas instalações do polo haverá o suporte técnico necessários para o desenvolvimento de projetos. Jon Paton , líder da equipe de projetos,   apresentou as facilidades que as empresas encontrarão no Centro de Tecnologia Esportiva:  “Estamos cientes de que cada empresa tem seus próprios requisitos e conhecimentos. Para aqueles totalmente novos no uso de um túnel de vento, podemos fornecer um engenheiro aerodinâmico para executar os testes e analisar os dados. Alternativamente, haverá apenas um técnico para operar o túnel de vento e o cliente poderá executar o teste. Além disso, ofereceremos treinamento aos clientes para que eles possam operar o túnel de vento. Isso oferecerá melhores custos para os clientes que estiverem  no polo, além de garantir  maior tranquilidade para os clientes que executam projetos altamente secretos.”

O Centro de Engenharia Esportiva, fica em uma área de 2.400 metros quadros, contará com dois tunes de vento – um para ciclismo e outros esportes como handbike, e esportes de inverno como patinação e skeleton,  ou outro foi especificamente desenvolvido para testes de tecidos. O centro , também conta com Scarnner em 3D, uma das mais recentes ferramentas de digitalização que pode capturar as dimensões dos esportistas e dos seus equipamentos para modelagem CFD (fluidodinâmica computacional).
Especificamente para as bicicletas foi desenvolvida a Plataforma de Eficiência da Bicicleta que utiliza robôs para “dirigir a bicicleta, representando uma evolução na maneira de executar testes de quadros e componentes, com exercícios repetitivos mais realistas e precisos.

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