FILIPPO GANNA VS ASHTON LAMBIE EM UMA REGATA!?

O duelo da perseguição que aconteria nos velódromos entre o italiano Filippo Ganna e o estadunidense Ashton Lambie  pode ir para os veleiros que disputam a Prada Cup, classificatória para a America’s Cup, a mais famosa e tradicional regata. Lambie já foi convocado para integrar a próxima tripulação do American Magic e o italiano está sendo sondado pelo capitão do Luna Rossa, Massimiliano Sirena, para integrar a tripulação para a próxima edição que acontecerá em setembro de 2024 em Barcelona

Tripulação do Luna Rossa treina em Cagliari para a America’s Cup – foto: Luna Rossa Challenge

Não será a primeira vez que ciclistas são convocados para mover os pedais dos ‘cyclor’s’ –bicicletas estacionarias que geram energia para pressurizar o circuito hidráulico que movimenta partes do barco como velas e foil’s ou hidrofólios dos super veleiros que disputam a mais tradicional e famosa regata do mundo, a Americas Cup.

Em 2017 os neozelandeses do Emirates Team New Zealand e seu veleiro Aotearoa já tinham convocado o velocista, medalha de prata no Keirin em Londres’2012,  Simon van Velthooven para liderar a equipe que desafiou a tripulação do Oracle Team USA 17 e venceu a 35ª America’s Cup, neste ano ele estará de volta

CYCLOR’S LEVAM CICLISTAS AOS SUPER VELEIROS

Para a edição de 2024 que acontecerá em Barcelona, onde o vencedor da Prada Cup, se classifica como desafiante do vencedor da última edição da Americas Cup, o veleiro neozelandês Te Rehutai  do Emirates Team New Zealand,  duas equipes já mostraram que trocarão as carretilhas ou molinetes movidas por braços fortes, pelo poder das pedaladas;  uma delas é a NYYC American Magic que convocou John Croom medalha de ouro na perseguição por equipes nos Jogos Pan-Americanos de Lima’2019 e seu companheiro nessa competição Ashton Lambie, o ex-pistard que agora se dedica às provas de gravel , campeão mundial em 2021 e bicampeão pan-americano da perseguição individual e primeiro ciclista a pedalar os 4 mil metros da especialidade abaixo dos 4 minutos, na altitude de Aguascalientes, no México, outro que se, a outra é a italiana Luna Rossa.

Em entrevista à publicação especializada Sailing World, Ben Day, líder de desempenho do American Magic explicou os motivos que levam cada vez mais ciclistas a integrarem as tripulações desses super veleiros: “Estamos descobrindo que os cyclors trazem muito mais potência para o conjunto. O ciclismo usa grupos musculares muito maiores; portanto, eles podem produzir mais energia do que usando os molinetes ou manivelas. E com os novos regulamentos da categoria como a redução do número de tripulantes (total de oito tripulantes), precisamos encontrar esse poder de outras maneiras. Portanto, a maioria das equipes está olhando para os cyclors nesta fase. Glúteos, quadríceps e isquiotibiais podem produzir mais força explosiva e mais força por um período prolongado“.

Ashton Lambie integrará a tripulação do American Magic na próxima Prada Cup

Porém Lambie sempre teve um perfil diferenciado, sem se encaixar nos padrões tradicionais do ciclismo, bem diferente do ídolo italiano Filippo Ganna, pentacampeão da perseguição individual, atual recordista da hora com 56,792 km e da perseguição individual com 3m59s636 para os 4 mil metros, além de integrar o premiado quarteto italiano da perseguição por equipes onde conquistou o ouro olímpico, em Tóquio’2020 e registrou, com seus companheiros um novo recorde 3m42s032, tudo isso sem citar o seu desempenho nas contrarrelógios nas provas de estrada ou seu desempenho no pelotão profissional defendendo a Ineos-Grenadiers.

Filippo Ganna é sonho do capitão Sirena para o Luna Rossa para o- foto: RCS

Massimiliano Sirena, capitão do Luna Rossa está de olho em Ganna e em outros ciclistas da seleção italiana de pista e já esteve conversando com os técnicos da azurra Daniele Bennati da estrada e Marco Villa da pista para identificar alguns ciclistas que possam se adaptar ao veleiro, a ideia parece interessante e no caso de Ganna por seu gigantesco poder midiático, porém 2024 é ano olímpico e onde será um dos protagonistas no contrarrelógio individual e muito provavelmente integrando o quarteto da perseguição por equipes.

“É difícil levar um dos melhores do mundo: mas se ele quiser vir, será bem-vindo, não sei bem que contrato poderíamos lhe oferecer, mas ele pode embarcar tranquilamente, não precisa de muito treinamento”, sonha alto o skipper do Luna Rossa e desperta a imaginação dos tifosi.

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