GLASGOW’2023: SUÍÇA LEVA TODOS OS OUROS DO DIA, COM VITÓRIAS NO REVEZAMENTO POR EQUIPES E NO E-MTB XC

Suíça, uma potência no Mountain Bike! O pequeno país encravado nos Alpes e com pouco mais de 8 milhões de habitantes é uma máquina de produzir campeões de mountain bike e em Glasgow, na Floresta de Glentress seus mountain bikers mostraram toda sua força ao conquistar pela oitava vez o título de campeões mundiais de Revezamento por Equipes, e para completar a coleta de ouros do dia, ainda levou o ouro no E-MTB XC com Nathalie Schneitter e Joris Riff

Schurter fecha o revezamento, garantindo o ouro no Revezamento – foto: Alex Broadway/UCI

Não são todos os países que alinham para a disputa do revezamento por equipes, neste ano foram 14 seleções e a única latino-americana foi a do México. Porém, mais uma vez o grande confronto aconteceu entre suíços, franceses e dinamarqueses com canadenses e italianos tentando roubar espaço no pódio.

Não é fácil montar a equipe de Revezamento, afinal é preciso colocar um ciclista de cada gênero da categoria Junior, Sub23 e Elite e tentar entender como trabalhar com cada um deles e correndo o risco de colocar um junior se confrontando com um(a) ciclista da Elite,  geralmente deixando para o final o principal nome para arrematar a prova, como fizeram os suíços com Schurter, os franceses com Sarrou os dinamarqueses com Fini e os italianos com Luca Braidot.

Charlie Aldridge deu ritmo à largada do revezamento – foto: UCI

Os britânicos começaram incendiando a prova com o Sub23, Charlie Aldridge que fechou a primeira volta em primeiro, lançando o junior Max Greensil que sustentou a liderança. A diferença de idades ou de força é marca da prova, e isso pode afundar uma equipe e levar outra à liderança, e foi o que aconteceu com os britânicos que a partir da entrada do terceiro ciclista, a Junior, Emily Carrick-Anderson saiu da disputa pelo pódio. E com os austríacos com seus ciclistas que fecharam o revezamento.

Anina Hutter na penúltima volta, ganhou 2 posições e colocou a Suíça na liderança – foto: UCI

Exatamente no meio da prova, com 3 voltas a prova começou a se definir com franceses e canadenses lutando pela ponta e suíços começando a sua pedalada rumo a mais uma medalha.

Ao final da quinta, e penúltima volta, a junior Anina Hutter assume a liderança e ao fechar o circuito, passa o comando para Schurter que na ponta manteve o ritmo alto, para neutralizar o ataque do francês Sarrou que tentava alcançá-lo, sem sucesso, e a exemplo do ano passado ficando com o segundo lugar.

Pelo bronze o duelo foi entre o junior canadense Ian Ackert, que se manteve à frente até onde pôde, sucumbindo à força do ataque do experiente dinamarquês Sabastian Fini que superou o garoto no sprint.

Nas disputas com as bicicletas a pedalada assistida, a lista de inscritos revelou o esvaziamento da prova em relação a Les Gets 2022, quando na categoria masculina largaram 36 contra os 25 deste ano na Escócia, e das 12 garotas no mundial francês contra as 9 desta edição.

Nathalie Schneitter, bicampeã mundial de E-MTB XC – foto: UCI

Na prova feminina a suíça Nathalie Schneitter, campeã do E-MTB XC em 2019 e bronze no ano passado não deu terreno às adversárias e desde a primeira volta tomou a dianteira, abrindo uma vantagem de 12 segundos sobre a alemã Sofia Wiedenroth e de 24 segundos sobre a francesa, Justine Tonso, medalha de prata em 2022. Schneitter fez uma prova solo e volta a volta ampliou a vantagem conquistando o ouro. A alemã de 37 anos, se firmou na segunda posição, com mais de 30 segundos de vantagem sobre a francesa.

Ryf, mais uma vez no pódio do E-MTB, agora com a medalha de ouro – foto: UCI

Na prova de E-MTB masculina, os franceses começaram dando ritmo à competição na primeira volta, com o campeão mundial em 2022 , Jerome Gilloux e o vice Hugo Pigeon tentando neutralizar o suíço, Joris Ryf, bronze no ano passado, e com os três repetindo o confronto.

Na segunda volta, a prova se transformou em um mano a mano entre Pigeon e Ryf; porém o suíço atacou na quarta volta e abriu mais de 10 segundos de vantagem, sendo ampliada para 21s ao final garantindo a camisa arco-íris

O Brasil foi representado por Rubens Donizete Valeriano que fez uma boa corrida, crescendo ao longo da prova, largou na 27ª posição, o na primeira volta avançou até o 17º lugar, para terminar na 9ª posição.

Rubens Donizete Valeriano na prova de E-MTB – foto: Thomas Maheux/SWpix-UCI

MUNDIAL DE CICLISMO GLASGOW, ESCÓCIA

Mountain Bike Cross Country – Revezamento por Equipes – circuito 3.50 km x 6 voltas –  distância 21.0 km – 14 seleções

1- Suíça – Dario Lillo, Nicolas Halter, Linda Indergand, Ronja Blochlingler, Anina Hutter, Nino Schurter – 1h05m42s – vel. média 19.178 Km/h

2- França – AdrienBoichis, Julien Hemon, Loana Lecomte, Line Burquier, Anais Moulin, Jordan Sarrou +9s

3- Dinamarca – Tobias Lillelund, Albert Philipsen, Julie Lillelund, Sofie Pedersen, Caroline Bohe, Sebastian Fini +41s

E-MTB Cross Country

Elite Masculina – 25 competidores – 6 voltas – distância: 24.66 km

1- Joris Ryf – Suíça – 58m29s – vel. média 25.300 Km/h

2- Hugo Pigeon – França +21s

3- Jerome Gilloux – França +1m38s

9- Rubens Donizete Valeriano +4m20s

Ryf e Nathalie Schneitter – o ouro suíço no E-MTB XC – foto: UCI

Elite Feminina – 9 competidoras – 5 voltas – distância: 20.55 km

1- Nathalie Schneitter – Suíça – 52m23s – vel. média 23.538 Km/h

2- Sofia Wiedenroth – Alemanha +1m

3- Justine Tonso – França +1m34s

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