A jovem seleção da Austrália tirou o gostinho da vitória do quarteto britânico comandado por Sir Bradley Wiggins, a duas voltas do final retomaram a liderança e calaram a torcida ao vencerem a prova da perseguição por equipes. Nas provas de velocidade os alemães Kristina Vogel e Joachim Eilers foram os mais rápidos do dia e o país assume a liderança na contagem de medalhas. A alegria dos donos da casa ficou com a fundista Laura Trott que levantou a torcida ao vencer o Scratch
A jovem seleção da Austrália superou os donos da casa no Lee Valley Velopark foto: AP/Alastair Grant
As disputas por medalhas no segundo dia de competições se iniciou com a prova do quilometro, aonde 15 ciclsitas entraram na pista de Lee Valley Velopark com o único objetivo fazer o menor tempo em 1.000 metros, 4 voltas na pista de 250 m. O segundo a entrar na pista foi o experimentado holandês, Theo Bos, com longo histórico de medalhas em mundiais (5 ouros/2 pratas/3 bronzes) e uma medalha olímpica na prova de velocidade em Atenas’2010, fez o melhor tempo e registrou 1m00s461 estabelecendo, naquele momento, o novo recorde para a prova disputada nessa pista. O último a entrar na disputa foi o alemão Joachim Eilers que já na largada mostrou muito mais velocidade que Bos, nos primeiros 250 m ele já era quase meio segundo mais rápido, mas 2 voltas finais Eilers manteve a consistência e fez todas as passagens com a melhor marca, finalizando com 1m 00s042 e o novo recorde da pista e subindo mais um degrau no pódio, depois do bronze em 2013 e de duas pratas consecutivas/14-15 finalmente conquistou sua medalha de ouro no Km. Bos ficou com a prata e o francês Lafargue com o bronze. O brasileiro Kacio Freitas fez o 14º tempo.
Joachim Eilers com 1m00s042 é o novo campeão mundial – foto: Getty Images
Correndo empurrada por 6000 torcedores, a especialista em provas de resistência no velódromo e queridinha da torcida, Laura Trott vinha de uma medalha no campeonato europeu de 2015 no Scratch, tomou a responsabilidade da corrida, tendo como principal adversária a Kirsten Wild campeã Mundial em 2015.
A corrida teve um ritmo intenso com muitos ataques, porém foi a irlandesa Lydia Boylan que quebrou o ritmo com um ataque com 5 km de prova, porém sofreu com o ataque e em 4 voltas já havia seido engolida e jogada para o fundo do grupo. Laura Trott pedalava no meio do grupo controlando suas adversárias sem deixar espaço para fugas, na última volta quando a canadense Stephanie Roorda assumiu a ponta do grupo, Trott apareceu arrancando com força, sendo acompanhada por Kirsten Wild que não teve forças para aguentar o forte ritmo da britânica que levantou a torcida ao cruzar na primeira posição.
Laura Trott supera a holandesa Kirsten Wild no Scratch – foto: Getty Images Sport
No Keirin feminino a vitória ficou com a alemã Kristina Vogel, que já havia conquistado a medalha de bronze no dia anterior na Velocidade por Equipes, fez toda a fase classificatória com bom desempenho vencendo o primeiro match e chegando na segunda posição na segunda fase, passando à final, aonde dominou a corrida, sempre girando no comando desde que a moto derny deixou a pista. Atrás, chegou a campeã mundial de 2015, Anna Meares para levar a medalha de prata, sendo a única das três velocistas australianas a passar à fase final. O bronze foi para a britânica Rebecca James
Kristina Vogel,cruza a linha de chegada para vencer a final do Keirin – foto: AP/Alastair Grant
A grande batalha do dia era esperada para a disputa do 4×4000 – a perseguição individual. Na disputa pelo bronze a Italia de Elia Viviani foi superada pela técnica do quarteto dinamarquês, país que tem longa tradição nesta especialidade. A final seria entre os donos da casa, comandados por Sir Bradley Wiggins, e os australianos com os irmãos Callum e Miles Scotson.
A jovem seleção aussie, além de vencer a prova, estabeleceu um novo recorde australiano, 3m52s727 e ainda foi mais de um segundo mais rápida que os donos da casa.O quarteto australiano partiu em um ritmo rápido e correu praticamente toda a prova na frente, com porém com 3.375 metros os britânicos passaram á frente e rodaram quatro voltas á frente dos australianos, porém a forçada de ritmo já havia provocado a saída de Jonathan Dibben, e correndo com 3 homens a medalha parecia certa, mas faltando apenas 2 voltas, Edward Clancy perde o contato com o segundo homem da equipe obrigando a uma leve redução no ritmo o que empurrou os australiano à medalha de ouro. Durante a premiação era visível a decepção da equipe britânica.
As duas faces do Mundial : a decepção britânica e a alegria australiana foto: ©SWPix
KM Contra-Relógio
1- Joachim Eilers/Alemanha – 1m00s042 / 59.958 km/h
2- Theo Boss/Holanda – 1m00s461 / 59542 km/h
3- Quentin Lafargue/França – 1m 01s581 / 58.459 km/h
14- Kacio Freitas/Brasil – 1m04s202 /56.073
Joachim Elis finalmente conquista o título mundial – foto: Getty Images Sport
Scratch Feminino
40 voltas /10 km 12m36s / 47.600 km/h
1- Laura Trott/Grã Bretanha
2- Kirsten Wild/Holanda
3- Stephanie Roorda/Canadá
7- Arlenis Sierra/Cuba
Keirin Feminino
1- Kristina Vogel/Alemanha (200m 11s276 /63.852km/h)
2- Anna Meares/Austrália +0.078
3- Rebecca James/Grã Bretanha +0.106
Perseguição por Equipes 4x4000m
1- Austrália – Sam Welsford, Michael Hepburn, Callum Scotson, Miles Scotson -3m52s727 / 61.875 km/h
2- Grã-Bretanha – Jonathan Dibben, Edward Clancy, Owain Doull, Bradley Wiggins – 3m53s856 /61.576 km/h
3- Dinamarca – Lasse Norman Hansen, Niklas Larsen, Frederik Madsen, Casper Von Folsch – 3m55s936 / 61.033 km/h
4- Itália – Elia Viviani, Liam Bertazzo, Simone Consonni, Filippo Ganna – 3m58s262 / 60.437 km/h
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