NOVA ZELÂNDIA: 4ª ETAPA DA COPA DO MUNDO DE PISTA 2019/2020

O Avantidrome, em Cambridge , na Nova Zelândia, recebeu a quarta etapa da Copa do Mundo de Pista 2019/2020. Uma etapa de transição e ainda esvaziada, por exemplo sem a presença dos super-velocistas holandeses, o que abriu novas possibilidades e deu tempero a outras disputas. O grande destaque ficou por conta do velocista australiano Matthew Glaetzer que pouco mais de um mês após ter sido diagnosticado com câncer e passar por cirurgia, voltou a competir subindo ao pódio na keirin

Quarteto suíço fez o melhor tempo classificatório e bateu os australianos, atuais campeões mundiais – foto: Alex Whitehead/SWpix-UCI

É normal que em na Copa do Mundo de Pista, com 6 etapas disputadas entre a Europa, Ásia, Oceania e América do Norte, uma delas seja descartada por uma ou outra seleção ou mesmo que sirva de descanso;  e foi o que aconteceu, na passagem da competição pela Nova Zelândia. Na etapa anterior em Hong Kong, foram 280 ciclistas (162 homens e 118 mulheres) no Avantidrome de Cambridge foram 247 competidores (142 homens, 105 mulheres).

Holanda, Alemanha,  Hong Kong, China, Dinamarca, França, Rússia e Grã Bretanha  foram algumas das seleções deixaram de comparecer ou que reduziram a sua delegação, outras ainda optaram por testar seleções B. Em algumas provas , por exemplo na velocidade, isso acabou abrindo a disputa. Por outro lado, os donos da casa, de forte tradição na pista jogaram toda sua força conquistando 5 medalhas de ouro; a segunda posição nas medalhas de ouro ficou com os japoneses com 2, e os australianos que apesar de terem conquistado apenas 1 medalha de ouro, foram os maiores ganhadores de medalhas com 8 no total (1 ouro, 4  prata, 3 bronze) mostrando que entraram na disputa com uma delegação muito forte.

As neozelandesas ficaram com o ouro, ao superar as australianas no duelo continental –
foto: Alex Whitehead/SWpix-UCI

No primeiro dia de competições, sexta-feira (06/12) foram programadas apenas as disputas da perseguição por equipes e da velocidade por equipes.  Na perseguição masculina, sem a presença do quarteto dinamarquês, até então líder da competição com 2 vitórias e um 3º lugar, a maior atração foi o duelo entre os australianos, atuais recordistas e campeões do mundo e os donos da casa. Aussies e Kiwis fizeram os melhores tempos na fase classificatória com 3m50s903 e 3m51s715.  Na semifinal ao australianos superaram os canadenses com facilidade e com o tempo de 3m50s273 ganharam o direito de ir a final. Na outra semifinal, a grande surpresa veio com o forte quarteto suíço com Robin Froidevaux, Claudio Imhof, Stefan Bisseger, Lukas Ruegg que registrou 3m49s982 (e que ao final seria o melhor tempo da competição) , empurrando os australianos que ficaram com o 3º tempo para a disputa do bronze contra os russos que haviam passado pelos japoneses, registrando o 4º tempo nessa fase.

No confronto pelo ouro entre suíços e australianos, os aussies começaram com maior força, pedalando à frente dos suíços em 11 das 16 voltas; porém os helvéticos tomaram a ponta a 3 voltas do final para conquistar a primeira posição forçando o ritmo no momento que os australianos acusaram o desgaste. Aos donos da casa restou a disputa pelo bronze, passando pelos russos com uma vantagem de 4s48.

Robin Froidevaux, vibrou com o desempenho suíço: “É incrível. Sabíamos que na última semana estávamos pedalando rápido nos treinos e sabíamos que podíamos fazer algo de bom, mas pedalar abaixo de  3m50 não passava pela  nossa cabeça. Mas aconteceu e agora estamos realmente empolgados com o futuro. Sabemos que podemos ir rápido e isso é realmente motivador. ” Com a vitória em Cambridge, os suíços assumiram a ponta da classificação da Copa do Mundo e estão empatados com os italianos, cada seleção tem 3.100 pontos, os russo vem atrás com 2.650.

a dupla da Nova Zelândia – Olivia Podemore e Natasha Hansen fez o melhor tempo classificatório e na final superou as polonesas foto: Alex Whitehead/SWpix-UCI

O duelo entre neozelandeses e australianos aconteceria entre os quartetos femininos. Com neozelandesas fazendo o melhor tempo na classificatória (4m14s483) e as australianas com 4m16s098.  Na semifinal, as australianas passaram pelas canadenses, registrando o melhor tempo;  as neozelandesas fizeram o 2º melhor tempo  e se classificaram para a final superando a Subway New Zeland Track Team, que pode ser considerada a seleção B dos aussies, e que conquistou o 4º tempo, garantindo o direito de disputar o bronze contra as canadenses.

Na final, o quarteto formado por Rushlee Buchannan, Holly Edmondton, Byrony Botha e Kristie James resolveu jogar com toda sua força contra as australianas, que até iniciaram a prova com mais força, fazendo as duas voltas de abertura à frente, mas as neozelandesas começaram a forçar o ritmo, assumindo o controle da prova, sendo apenas testadas na 6º volta quando as australianas tentaram uma reação, fazendo a melhor passagem. Aquilo pareceu uma provocação para as neozelandesas que apertaram o passo, retomando a fazer a cada volta o melhor tempo, fechando os 4 mil metros com um surpreendente tempo de 4m10s705 e a apenas 0,469 do recorde das britânicas, obtido na Rio2016. Na disputa pelo bronze, as canadenses superaram o Subway NZL Team por quase 2s. Pela Copa do Mundo, a liderança ainda é das alemãs com 2550 pontos, seguidas pelas italianas com 2300.

Made in Japan: Kazuki Amagai, Tomohiro Fukaya e Yudai Nitta ouro na Velocidade por Equipes – foto: Alex Whitehead/SWpix-UCI

Na velocidade por equipes,  as garotas da dupla neozelenadesa, Olivia Podemore e Natasha Hansen, arrancou bem fazendo o melhor tempo na classificação (33s154) e na semifinal contra as colombianas Martha Bayona e Juliana Gaviria superaram o recorde nacional com 32s794, passando para a final com o segundo melhor tempo dessa fase, atrás apenas das  polonesas que no confronto contra as ucranianas também pedalaram forte, registrando o melhor tempo com 32s791 conquistando o direito de ir para a final.

A disputa pelo ouro teve um duelo apertado, com a diferença de apenas de 2 centésimos de segundo em favor das neozelandesas contra as polonesas.  A dupla das all black da pista é uma formação nova em etapas da copa do mundo e Natasha Hansens não disputava competições desde o início do ano: “Na verdade, nunca montamos essa combinação antes em uma Copa do Mundo e não ando na equipe desde janeiro apenas com lesões e coisas assim”.  A dupla russa Ekaterina Rogavaya-Daria Shmeleva correndo pela equipe  Gazprom-Rusvelo superou as australianas na disputa pela medalha de bronze. Na corrida pela Copa do Mundo as chinesas lideram com 1575 pontos, com a ausência da seleção russa, das lituanas e holandesas as polonesas com a segunda posição em Cambridge, saltaram da 5ª para a segunda posição, com 1400 pontos, as russas estão em 3º com 1200.

Na velocidade por equipes masculina, os donos da casa começaram bem, com o trio formado por Ethan Mitchell, Edward Dawkins e Sam Webste fazendo o melhor tempo na fase classificatória, porém na semifinal onde além do resultado conta o tempo, os aussies não conseguiram manter o desempenho fazendo o 4º tempo, passando para a final B pela disputa do bronze contra o surpreendente trio de Trinidad e Tobago com Nicholas Paul, Nijsane Phillip e Keron Bramble que despachou os russos da disputa.

Duelo de campeãs continentais na velocidade por dentro a russa campeã europeia Anastasia Voinova e no alto a campeã pan americana e recordista mundial, a canadense Kelsey Mitchell – foto: Alex Whitehead/SWpix-UCI

O confronto pelo ouro sem a presença holandesa abriu espaço e produziu também uma novidade na disputa final: pela primeira vez um trio japonês entrava na disputa final com Kazuki Amagai, Tomohiro Fukaya e Yudai Nitta contra os poloneses Maciej Bielecki, Mateusz Rudyk, Krzysztof Maksel.

O duelo dos trios foi dos mais emocionantes, pois os poloneses largaram melhor fazendo a primeira e a segunda voltas à frente, na abertura da terceira volta a vantagem sobe os japoneses era de 23 centésimos. Yuddai Nitta, medalha de prata no Keirin do  último mundial em Pruszków fechou a disputa, descontando a diferença e garantindo o ouro inédito para os japoneses e com o empo de 42s790 estabeleceram o novo recorde do seu país, superando a marca de 43s 092estabelecida em 2013 na etapa da Copa de Aguascalientes, no México.

O trio japonês comemorou muito a conquista inédita que alimenta sonhos maiores para as Olimpíadas de Tóquio no ano que vem. “Temos as Olimpíadas de Tóquio no próximo ano, então acho que este é realmente um bom passo à frente”, disse Kazuki Amagai. “Para mim e para o meu país, essa é uma competição muito importante, mas também precisamos de mais pontos para continuar lutando”, destacou Tomohiro Fukaya.

O tailandês Azizulhasni Awand e empina a bicicleta para vencer o sprint na final do Keirin foto: Alex Whitehead/SWpix-UCI

Os donos da casa tiveram que se esforçar para conquistar a medalha de bronze e superar a equipe de Trinidad e Tobago que abriu uma primeira volta muito rápida saindo com uma vantagem de 60 centésimos sobre os neozelandeses que correram com com Dawkins abrindo, Etham forçando na segunda volta e Sam Webster fechando a prova garantindo o bronze por apenas 19 centésimos de segundo.

Na velocidade feminina (200m) reservou um encontro de campeãs continentais: a campeã europeia, a russa Anastasia Voinova e a campeã pan americana e recordista mundial, a canadense Kelsey Mitchell.  A  canadense venceu o primeiro confronto por uma diferença de apenas 7 milésimos de segundo. Na bateria seguinte foi a vez da russa Voinova, com isso foi necessária a disputa de um terceiro e decisivo match, onde Voinova garantiu o ouro por apenas 19 milésimos de segundo.

A australiana Stephanie Morton, retornando após  uma lesão no joelho que a afastou das competições por quase 8 meses,  conquistou a medalha de bronze, fazendo 2×0 nos confrontos contra a russa Daria Shmeleva.

Campeão mundial da Omnium, Campbell Stewart conquista em casa sua segunda vitória na Copa do Mundo 2019/2020 – foto: Alex Whitehead/SWpix-UCI

No keirin Masculino , além da surpreendente vitória do tailandês Azizulhasni Awand que cruzou a meta sprintando com a roda empinada, superando o russo Shane Perkins, o resultado mais comemorado foi do australiano Matthew Glaetzer , o campeão mundial da velocidade em  2018, que conquistou a medalha de bronze, pouco mais de um mês após ser diagnosticado com câncer na tireoide , do qual ele ainda está em tratamento de radioterapia. “É muito surreal para ser honesto. É o melhor terceiro lugar da minha carreira. Superei minhas expectativas em aproximadamente três posições com  esse terceiro lugar e é muito especial considerando o que passei, e é um crédito para equipe que está ao meu redor, aguentando um dia de cada vez e não deixando que nada atrapalhe”, afirmou Glaetzer que disputará a próxima etapa em seu país, antes de dar continuidade ao tratamento com radioterapia.

Matthew Glaetzer diagnósticado com câncer a menos de um mês, retorna à pista conquista o bonze no Keirin e terminou em 12º na Velocidade (200m) – foto: Alex Whitehead/SWpix-UCI

O brasileiro João Vitor, disputou a prova porém não passou da repescagem, concluindo em 17º lugar. Na primeira bateria que disputou, onde passam os dois melhores de cada confronto,  João ficou em 5º lugar. Foi para repescagem, onde apenas o vencedor avança à segunda fase,  e ficou em 3º, sendo superado pelo adversário direto na disputa continental, o colombiano Kevin Quintero.

Correndo com o apoio da torcida, o campeão mundial de Omnium , Campbell Stewart repetiu o resultado de Hong Kong e com duas vitórias é o líder da Copa do Mundo. Após as provas de Scratch, Tempo Race e Eliminação, apenas Stewart trazia a vitória na Eliminação somando 104 pontos, porém vinham embolados o australiano Cameron Meyer com 102 pontos e o alemão Roger Kluge com 98, uma diferença apertada e que transformava a disputa da Prova por Pontos em um jogo aberto .

O cazaque Artyom Zakharov, que entrou na prova na 7ª posição com 82 pontos saiu ao ataque e conseguiu colocar 2 voltas sobre o pelotão, com alguns pontos levantados nos sprints intermediários foi o maior pontuador a prova por pontos, o suficiente para colocá-lo na 3ª posição no pódio com 129 pontos.  Campebell Stewart, procurou controlar seus adversários, conseguiu se colocar em uma ação que deu uma volta no pelotão, ganhando 20 pontos, e ainda venceu 3 sprints, o que lhe deu a pontuação necessária para concluir à frente, com 142 pontos. O australiano Cameron Meyer usou uma tática muito parecida e garantiu o segundo lugar com 133 pontos.

A dupla australiana foi a mais constante nos sprints, venceu 5 das 12 passagens
foto: Alex Whitehead/SWpix-UCI

Na prova de Madison, as australianas Georgia Baker e Alexandra Manly dominaram completamente a disputa, vencendo 5 dos 12 sprints da competição, pontuaram em outros 4 com isso somaram 42 pontos garantindo o ouro. As polonesas, usaram uma tática bem parecida, pontuaram em 11 sprints e vencendo 1, somando 32 pontos e garantindo a prata. A terceira posição ficou com a dupla neozelandesa da equipe Subway Team NZL, Michaela Drummond y Jessie Hodges com 19 pontos.

Os neozelandeses conquistariam mais um ouro na prova de Scrach feminino com Holly Edmondston, com a uzbeque Olga Zabelinskaya em 2º e a Irlandesa Lydia Gurley. A competição estava marcada por um rodar compacto do pelotão, porém faltando 3 voltas para o final, as três acompanhadas por Yaop Pang, de Hong Kong, atacaram o pelotão e conseguiram se destacar colocando uma volta sobre as demais competidoras, as 4 ciclistas conseguiram manter a distância do grupo com Holly fechando a vitória no sprint.  A 10ª colocada em Cambridge, a russa Anastasiia Chulkova, da Israel Cycling Academy Track Team é a líder da Copa do Mundo, com 1175 pontos, a italiana Martina Fidanza é a 2ª com 895 pontos.

Holly Edmondston à frente da prova e Scratch foto: Alex Whitehead/SWpix-UCI

No domingo, sem os velocistas holandeses Harrie Lavreisen e Jeffrey Hoogland que dominaram as finais das três etapas anteriores, foi a vez do polonês Mateusz Rudyk e do japonês Tomohiro Fukaya, 3º e 4º respectivamente na etapa de Hong Kong, tomarem conta da competição.

Na fase classificatória o polonês fez o melhor tempo da competição, e também seu melhor tempo pessoal, registrando 9s527 para os 200m lançados. Fukaya veio a seguir, em 2º, com 9s609.

Nos confrontos homem a homem, o polonês eliminou ao canadense Hugo Barrete, a Paul Nicholas de Trinidad e Tobago e na semifinal ao japonês Yudai Nitta com isso se encontraria na final com Fukaya que vinha de vitorias sobre o russo Alexandre Sharapov, o malaio Azizulhasni Awang e o australiano Nathan Hart. Na final pela medalha de ouro Rudyck não deu chance ao japonês Fukaya e venceu os 2 confrontos, com esse resultado ele deixou a 3ª posição na classificação geral, passou os holandeses  Lavreisen e Hoogland e é o novo líder a Copa do Mundo com 1600 pontos.

Mateusz Rudyk comemora o 2×0 sobre o japonês Tomohiro Fukaya, na final da velocidade – foto: Alex Whitehead/SWpix-UCI

Com a ausência da campeã mundial Lee Wai Sze em Cambridge e da alemã Emma Hinze, líder da Copa do Mundo após a etapa de Hong Kong, abriram-se algumas oportunidades na disputa do Keirin feminino. A sul coreana Hyenjin Lee, vencedora em Hong Kong, conquistou sua segunda vitória consecutiva na Copa do Mundo, mas desta vez já teve marcação mais dura das adversárias, pois foi 2ª, atrás da canadense Stephanie Morton, na bateria classificatória e 3ª na semi-final.

Na bateria final, valendo a medalha de ouro, Lee foi mais eficiente e lançou o sprint à frente da canadense Laugie Genest e da australiana Stephanie Morton, que com a 3ª posição conquistou a segunda medalha de bronze em Cambridge. Com a conquista Lee assume a liderança momentânea da Copa do Mundo, com 1625 pontos, seguida pela alemã Emma Hinze com 1325 e pela polonesa Urszula Los com 1075.

Segunda vitória da sul coreana Hyenjin Lee na Copa do Mundo –
foto: Alex Whitehead/SWpix-UCI

Na prova de Omnium Feminino,  mais uma boa atuação da japonesa Yumi Kajihara que obteve a segunda vitória consecutiva na competição da UCI e manteve a liderança com 1375 pontos, seguida pela portuguesa Maria Martins com 1235

Kajihara foi a mais constante das ciclistas, venceu o Scratch e terminou em 2º na Tempo Race e na Eliminação, entrando na disputa da Prova Por Pontos como líder com 116 pontos. A sua adversária direta era a campeã dos Jogos Pan Americanos’19 e bronze no último mundial, a estadunidense Jeniffer Valente que somava 110 pontos , após o 2º lugar no Scratch e o 3º na Tempo Race e na Eliminação, outra que poderia se colocar no caminho era a canadense Allison Beveridge que chegou à etapa final da Omnium com 104 pontos.

O Japão muito além do Keirin e da Velocidade – Yumi Kajihara conquista a sua segunda vitória na Omnium e assume a liderança da Copa do Mundo 2019/2020 –
foto: Alex Whitehead/SWpix-UCI

Com as três ciclistas mais bem pontuadas procurando marcar uma a outra, a corrida ficou muito controlada, sem dar margem a que estas conseguissem colocar volta no pelotão, porém Kajihara foi mais efetiva e pontuou e 5 os 8 sprints o que lhe deu uma margem de segurança para correr com tranquilidade para terminar a prova com 129 garantindo a vitória. . Jennifer Valente terminou em 2º com 118, Beveridge foi a 3ª com 111 e a portuguesa Maria Martins em 4º com 102 pontos.

A Madison masculina reservava um duelo que empolgou a torcida local, a rivalidade entre os neozelandeses e os australianos na pista. Os donos da casa com Aaron Gate e Campbell Steward contra os aussies Kelland O’Brien e Cameron Meyer.

A dupla local, partiu para o ataque e foram os primeiros a colocar uma volta sobre o pelotão, porém foram seguidos pelos australianos, porém os donos da casa estavam muito afinados colocando mais 3 voltas sobre o pelotão ( ao todo foram 4 voltas e 80 pontos ) e pontuando em 14 dos 20 sprints e vencendo 6, um desempenho formidável que rendeu 129 pontos. A segunda posição ficou com os australianos, que conseguiram 60 pontos nas 3 voltas que conseguiram colocar sobre o grupo, mas que não foram tão efetivos nos sprints, totalizando ao final 87 pontos. Na disputa pelo bronze os italianos Michele Scartezini e Francesco Lamon travaram um bom duelo contra os estadunidenses Adrian Hegyvary e Daniel Holloway que fizeram um final de prova alucinante vencendo 3 sprints, inclusive o último valendo pontos dobrados, porém ao final ainda ficaram a 2 pontos dos italianos que totalizaram 57 pontos contra 55 dos norte-americanos.

Aaron Gate e Campbell Steward levantaram a torcida local com a vitória na Madison
foto: Alex Whitehead/SWpix-UCI

O Scrathc fechou a programação de competições em Cambridge. Em uma prova de muita marcação, onde ninguém conseguiu se destacar do pelotão O ucraniano Roman Gladysh quando faltavam 12 voltas para o final atacou abrindo uma pequena distância para o grupo que não conseguiu neutralizá-lo e assim assegurar a sua primeira medalha em uma etapa da Copa do Mundo. Na disputa pela segunda posição o holandês Roy Eefting, vencedor em Hong Kong, mais uma vez superou o grego Christos Volikakis no sprint, porém com o resultado o ciclista grego assumiu a liderança da Copa do Mundo com 1100 pontos, seguido pelo bielorrusso Yauhenni Karaliok com 1050 pontos e pelo espanhol Sebastian Mora com 990.

A próxima etapa será disputada na Austrália, em  Brisbane, no velódromo Anne Meares ente os dias 13 e 15 de dezembro com a disputa da Perseguição por Equipes, Velocidade por Equipes, Omnium , Keirin , Velocidade (200m) e Madison. A cidade de Milton, no Canadá receberá a 6ª e última etapa, entre os dias 24 e 26 de janeiro de 2020.

Roman Gladysh venceu o Scratch – foto: UCI

Tissot UCI Copa do Mundo de Ciclismo de Pista 2019/2020

4ª Etapa – Avantidrome – Cambridge, Nova Zelândia – 6 a 8 de dezembro

Perseguição por Equipes Feminina (4x4000m)

1- Nova Zelândia – Rushlee Buchanan, Holly Edmondston, Bryony Botha, Kirstie James – reserva: Jaime Nielsen – 4m10s705 – vel. média: 57,438 km/h

2- Austrália – George Bakeer, Annette Edmondson, Ashlee Ankudinoff, Maeve Plouffe – reserva: Alexandra Manly – 4m12s460

3- Canadá – Alison Beveridge, Jasmin Duehring, Annie Foreman-Mackey, Georgia Simmerling – 4m18s169

4- Subway New Zeland Track Team – Emily Shearman, Raquel Sheath, Nicole Shields, Ally Wollaston – 4m20s066

Anastasiia Voinova – foto: Alex Whitehead/SWpix-UCI

Perseguição por Equipes Masculina (4x4000m)

1- Suíça – Robin Froidevaux, Claudio Imhof, Stefan Bissegger, Lukas Ruegg – reserva: Mauro Schmid – 3m50s359 – vel. média: 62,511 km/h

2- Austrália – Sam Welsford, Liegh Howard, Alexander Porter, Cameron Scott – reserva: Kelland O’Brien – 3m52s412

3- Nova Zelândia – Aaron Gate, Regan Gough, Dylan Kennet, Jordan Kerby – reserva: Nicholas Kergozou – 3m50s712

4- Rússia – Nikita Bersenev, Lev Gonov, Ivan Smirnov, Kirill Sveshnikov – 3m55s195

Velocidade por Equipes Feminina 500m

1- Nova Zelândia – Natasha Hansen, Olivia Podmore – 32s877 – vel. média: 54,750 km/h

2- Polônia – Marlena Karwacka, Urszula Los – 32s899

3- Gazprom_Rusvelo – Ekaterina Rogovaya, Daria Shmeleva – 33s032

4- Austrália – Stephanie Morton, Caitlin Ward – 33s473

6- México –Daniela Gaxiola, Jessica Salazar –

8 – Colômbia – Martha Bayona, Juliana Gaviria

Trio japonês da Velocidade – ouro – Alex Whitehead/SWpix-UCI

Velocidade por Equipes Masculina 750 m

1- Japão – Kazuki Amagai, tomohiro Fukaya, Yudai Nitta – 42s790 – vel. média: 63,099

2- Polônia – Maciej Bielecki, Patryl Rajkowski, Matuesz Rudyk – reserva: Krzysztof Maksel – 43s286

3- Nova Zelândia – Edward Dawkins, Ethan Mitchell, Sam Webster – 43s367

4- Trinidad e Tobato – Keron Bramble, Nicholas Paul, Njisane Phillip – 43s55s

Madison Feminina – 120 voltas (30 km) com 12 sprints

Tempo de prova: 36m02 – vel. média: 49,936

1- Austrália – Georgia Baker, Alexandra Manly – 42 pontos

2- Polônia – Daria Pikulik, Nikol Plosaj – 32 pontos

3- Subway New Zeland Track Team – Michaela Drummond, Jessie Hodges – 19 pontos

Keirin – 6 voltas, apenas os 200m finais são cronometrados

Masculino

1- Azizulhasni Mohd Awand – Malásia –

2- Alan Shane Perkins – Rusvelo_Gazprom/Rússia  +0s171

3- Matthew Glaetzer – Austrália +0s250

4- Jai Angsuthasawit – Tailândia +0s273

5- Yuta Wakimoto – Team Bridgeston Cycling + 0s296

6- Denis Dmitriev – Rússia +0s369

13- Leandro Bottasso – Argentina

17- João Vitor – Brasil

17 – Hersony Canelon – Venezuela

Velocidade (200m) Feminina

1- Anastasiia Voinova – Rússia – +0s007; 11s197 – vel. média: 64,303; 11s329 – vel. média 63,554

2- Kelsey Mitchell – P2M_Canadá – 11s297 – vel. média: 63,734; +0s765;  +0s019

3- Stephanie Morton – Austrália – 11s393 – vel. média: 63,197; km/h  11s374 vel. média: 63,302 km/h

 4- Daria Shmeleva – Gazprom_Rusvelo/Rússia  +0s045;  +0s054

7- Jessica Salazar – México

10- Daniela Gaxiola – México

11- Martha Bayona – Colômbia

19- Juliana Gaviria – Colômbia

Scracht Feminina 40 voltas (10 Km) tempo de prova: 12m13 vel. média: 49,076km/h

1- Holly Edmondston – Nova Zelândia

2- Olga Zabelinskaya – Uzbequistão

3- Lydia Gurley – Irlanda

18 – Yareli Salazar – México  – 1 volta

23 – Catalina Soto – Chile – DNF

Omnium Masculina (Scratch, Tempo Race, Eliminação, Prova por Pontos)

1- Campbell Stewart – Nova Zelândia – 142 pontos

2- Cameron Meyer – Áustralia– 133 pontos

3- Artyom Zakharov – Cazaquistão – 129 pontos

10 – Ignácio Prado – México – 91 pontos

14 – Juan Ignácio Curuchet – Argentina – 77 pontos

Madison Masculina – 200 voltas (50 km) com 20 sprints

Tempo de prova: 51m41s – vel. média: 58,040 km/h

1- Nova Zelândia – Aaron Gate, Stewart Campbell – 129 pontos

2- Austrália – Kelland o’Brien, Cameron Meyer – 87 pontos

3- Itália – Michele Scartezzini, Francesco Lamon – 57 pontos

14- Chile – Matias Arriagada, Felipe Peñaloza – DNF

Keirin – 6 voltas, apenas os 200m finais são cronometrados

Feminino

1- Hyejin Lee – Coreia – 11s055 – vel. média: 65,129km/h

2- Lauriane Genest – Canadá +0s11s

3- Stephanie Morton – Austrália +0s222

4- Crismonita Dwi Putri – Indonésia +0s280

5- Liubov Basova – Ucrânia +0s282

6- Anastasiia Voinova – Rússia +0s535

13- Daniela Gaxiola – México

17- Martha Bayona – Colômbia

Velocidade (200m) Masculina

1- Mateusz Rudyk – 10s039 vel. média 71,720 km/h ;  10s120 vel. média:  71,146 km/h

2- Tomohiro Fukaya – Japão – +0s095;  +0s068

3- Yudai Nita – Japão –  10s.068 vel. média:  71,514 km/h;  10s370 vel. média: 69,431 km/h

4- Nathan Hart – Austrália – +0s021;  +0s184

8- Nicholas Paul – Trinidad Tobago

9- Jair Tjon Em Fa – Suriname

13- Kevin Quintero – Colômbia

19 – Santiago Ramirez – Colômbia

Yumi Kajihara, vencedora da Omnium – Alex Whitehead/SWpix-UCI

Omnium Feminina (Scratch, Tempo Race, Eliminação, Prova por Pontos)

1- Yumi Kajihara – Japão – 129 pontos

2- Jennifer Valente – Estados Unidos 118 pontos

3- Allison Beveridge – Canadá – 111 pontos

14- Yareli Salazar – México – 48 pontos

17- Amber Joseph – Barbados – 31 pontos

Scracht Masculina 60 voltas (15 Km) tempo de prova: 17m13 vel. média: 52,258 km/h

1- Roman Gladysh – Ucrânia

2- Roy Eefting – Holanda

3- Christos Volikakis – Grécia

14- Ignácio Prado – México

17- Jacob Decar – Chile

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