OFICIALIZADA ROTA MÁRCIA PRADO E GOVERNO PAULISTA PROMETE INVESTIMENTOS

Com a aprovação da Lei que implementa e oficializa a Rota Márcia Prado, o  governador de São Paulo em ritmo de campanha,  autoriza estudos e libera do fundo de compensação ambiental  para construir ciclovia e passarela para facilitar a descida para a Baixada Santista pela Serra do Mar

Governador Marcio França com  Maria Eduarda Andrade, tia de Márcia Prado – foto: GovernoSP

No último dia 30 de maio o palácio dos Bandeirantes mudou o discurso e com a instituição através de lei  (PL 569/2017 – Lei Nº 16.748 de 30 de maio de 2018) a tradicional descida de ciclistas para a baixada santista – a conhecida Rota Márcia Prado,  passa a fazer parte do calendário oficial de eventos e agora, ao contrário da edição anterior que sofreu forte repressão policial, contará com o apoio logístico da Polícia Militar e da Artesp.

A descida 2018 já tem data marcada: o evento acontecerá no próximo dia 2 de dezembro entre as 6 e as 12 horas e será realizada pela Via Anchieta SP-150, com início na altura do km 9,7 em São Paulo, e término no km 65,6  em Santos; a rodovia  na ocasião funcionará em regime especial.

Com a oficialização do evento, espera-se que este aconteça todos os anos sempre no primeiro domingo de dezembro. Segundo o governador em exercício, Marcio França: “Será um evento para toda a família, com segurança, garantindo um percurso tranquilo e sem problemas”.

Rota Márcia Prado – neste ano descida acontece no dia 2 de dezembro – foto: FSP

A cerimônia contou com a presença de Maria Eduarda Andrade, tia de Márcia Prado. O evento que selou a aproximação do governo paulista com o cicloativistas e ciclistas também foi assinada uma resolução que institui o Ciclo Comitê Paulista.

O comitê que terá ações conjuntas da Secretaria do Meio Ambiente, Secretaria de Logística e Transporte e Secretaria de Turismo irá subsidiar tecnicamente e definir ações estaduais relacionadas à implementação de procedimentos e estruturas para veículos não motorizados (transporte ativo). Outros órgãos estaduais ligados ao assunto integram o comitê, como a Fundação Florestal, Cetesb, Artesp, DER, Polícia Militar Rodoviária, membros do Legislativo e gestores dos municípios, além de grupos de cicloativistas e da sociedade civil.

“Pensar na bicicleta é pensar no meio ambiente. Ela é uma alternativa viável de locomoção, que não polui, que faz bem para saúde. Seu uso representa, claro, inúmeras dificuldades, mas esse comitê está encabeçando esse desafio, que contará com representantes de movimentos de ciclistas e da sociedade civil também. Agora temos um ambiente onde conseguiremos chegar às soluções conjuntamente”, afirmou Maurício Brusadin, secretário do Meio Ambiente.

Entre ações futuras, a Agência de Transporte do Estado de São Paulo (Artesp) foi autorizada, a elaborar estudos de viabilidade jurídica e econômica para incluir a construção de uma ciclovia e passarela para a Rota Cicloturística Márcia Prado no contrato de concessão com a Ecovias.

A intervenção abrange a construção de uma ciclovia de seis quilômetros na Rodovia dos Imigrantes (SP-160), bem como na alça da Interligação Planalto até o acesso ao Parque da Serra do Mar, onde o ciclista passa a utilizar a Estrada de Manutenção. De acordo com a Artesp, a intervenção também contempla a construção de uma passarela para a transposição das pistas de interligação em segurança.  O dinheiro, para as obras, estimado em 5 milhões de reais pelo jornal O Estado de São Paulo,  viria de um fundo de compensação ambiental.

A Rota Cicloturística Márcia Prado, tem início no bairro do Grajaú, no extremo sul da capital paulista, cruzando a ilha do Bororé e  passando pelos municípios de São Bernardo do Campo e Cubatão, até a chegada em Santos.

“Nós queremos que o caminho seja feito com segurança. Para o Estado, quanto mais pessoas fizerem o trajeto de bicicleta, melhor. Agora, com a legislação, a intervenção da Ecovias e as alterações no roteiro, a passagem poderá ser feita todos os dias”, destacou  o governador Márcio França. Porém, vale ressaltar que enquanto o projeto da ponte e da ciclovia não saírem do papel a descida ainda continuará proibida tanto pela Imigrantes quanto pela Anchieta.

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